Não adotar novas tecnologias e métodos pode não apenas prejudicar a qualidade do atendimento, mas também resultar na perda de pacientes conquistados com grande esforço ao longo do tempo.
A evolução tecnológica na medicina tem proporcionado tratamentos mais eficazes e confortáveis para os pacientes, muitas vezes eliminando a necessidade de internações hospitalares. No entanto, há uma parte considerável do setor de saúde que se mantém cética em relação à tecnologia, resistindo a adotar novidades sem ao menos considerá-las.
Isso é particularmente preocupante no contexto das doenças vasculares, que representam a principal causa de morte global. No Brasil, por exemplo, a trombose afeta cerca de 180 mil pessoas anualmente, e estudos indicam que varizes atingem em média 38% da população, com taxas mais elevadas em mulheres (45%) do que em homens (30%).
Dados do Ministério da Saúde revelam que, ao longo de uma década, o Sistema Único de Saúde (SUS) realizou mais de meio milhão de cirurgias de varizes, com cerca de 45% dos pacientes relatando o retorno dos sintomas após cinco anos.
A adoção de tecnologias médicas inovadoras, como o Tratamento Endovenoso a Laser (EVLT) para veia safena e outros procedimentos minimamente invasivos para varizes, tem se mostrado eficaz na Europa e nos Estados Unidos desde o final dos anos 1990. Essas abordagens oferecem recuperação mais rápida e menos desconforto aos pacientes, contrastando com procedimentos mais invasivos do passado.
A resistência à inovação não apenas prejudica a qualidade do atendimento, mas também pode fazer com que os profissionais de saúde fiquem desatualizados tecnicamente e percam sua clientela, seja como autônomos ou empregados de instituições médicas.
Para superar obstáculos financeiros, é possível adotar estratégias como priorizar as necessidades dos pacientes ao escolher quais tecnologias adotar, considerar parcerias com outros profissionais de saúde para compartilhar os custos de aquisição de equipamentos e, acima de tudo, manter uma mente aberta para a evolução e inovação contínuas na prática médica.
Em resumo, o setor de saúde deve reconhecer a importância da inovação para melhorar a qualidade do atendimento, otimizar a recuperação dos pacientes e, ao mesmo tempo, garantir a satisfação do cliente e o sucesso profissional a longo prazo.