O Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou uma resolução proibindo a prescrição médica de terapia hormonal e anabolizantes para fins estéticos, de ganho de massa muscular e potencialização de desemprenho esportivo. A decisão impede o uso de qualquer fórmula de testosterona sem o diagnóstico que prova deficiência hormonal, assim como proíbe o uso de esteroides anabolizantes e hormônios androgínicos que são usados em estética ou melhoramento de condição física para esportes profissionais ou amadores.
Em entrevista à CNN, a conselheira federal e relatora, Annelise Menegusso, destaca que “o uso indiscriminado de terapias hormonais com EAA, incluindo a gestrinona, com objetivos estéticos ou para o ganho de desempenho esportivo, é hoje uma preocupação crescente na medicina e para a saúde pública, uma vez que, de acordo com as mais recentes evidências científicas, não existem benefícios notórios que justifiquem o aumento exponencial do risco de danos possivelmente permanentes ao corpo humano em diferentes órgãos e sistemas com sua utilização”.
Nesse sentido, a nova regra também proíbe a prescrição de hormônios propagandeados como “bioindênticos” em formulação “nano” ou nomenclaturas de marketing sem a devida comprovação científica de superioridade clínica. O CFM é claro quando, em nota, descreve os potenciais riscos da utilização de doses inadequadas de hormônios e seus possíveis efeitos colaterais, mesmo utilizados de forma “terapêutica”, sobretudo em casos de deficiência hormonal não diagnosticada de forma correta, com base nas diretrizes e recomendações em vigor.
A proibição também se amplia para cursos, eventos e publicidades relacionadas ao estímulo do uso de terapias desta natureza.
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