A nova política de cuidados paliativos no Brasil tem como objetivo proporcionar alívio da dor e do sofrimento para pessoas com doenças graves ou limitadoras da vida, além de estender esse cuidado a seus familiares e cuidadores. Este conjunto de ações visa valorizar a vida e tratar a morte como um processo natural, respeitando os valores culturais e a autonomia dos pacientes.
Um estudo mostrou que pacientes que receberam cuidados paliativos viveram, em média, 2,7 meses a mais do que aqueles que receberam apenas o tratamento oncológico padrão.
Brasil Ganha Política de Cuidados Paliativos
O Brasil instituiu uma nova política de cuidados paliativos com o objetivo de proporcionar alívio da dor e do sofrimento para pessoas com doenças graves ou limitadoras da vida, além de estender esse cuidado a seus familiares e cuidadores. Esta política visa valorizar a vida e tratar a morte como um processo natural, respeitando os valores culturais e a autonomia dos pacientes.
Benefícios da Nova Política
- Qualidade de Vida: Estudos mostram que pacientes que receberam cuidados paliativos viveram, em média, 2,7 meses a mais do que aqueles que receberam apenas o tratamento oncológico padrão.
- Investimento: A estratégia prevê um investimento anual de R$ 887 milhões e a formação de 1.321 equipes de profissionais para oferecer suporte e acolhimento aos cerca de 625 mil pacientes que necessitam de cuidados paliativos.
- Atuação: As equipes vão atuar nas redes de saúde e também realizar atendimento domiciliar.
Importância e Desafios
Tom Almeida, ativista pelo bem morrer e criador do movimento inFINITO, afirma que a política é um marco significativo e um reconhecimento da importância dos cuidados paliativos para a saúde da população. Ele destaca que os cuidados paliativos não se limitam à qualidade da morte, mas também à qualidade de vida.
Almeida ressalta que as políticas não terão impactos imediatos devido aos processos de formação de profissionais e articulação de investimentos, mas a visibilidade trazida pela política já é uma grande vitória. “Temos de preparar a população e os pacientes para que possamos reivindicar os cuidados paliativos”, argumenta Almeida.
Desconstruindo Tabus
É essencial desvincular os cuidados paliativos da terminalidade. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a implementação desses cuidados no momento do diagnóstico de uma doença grave, o que pode reduzir internações hospitalares desnecessárias. Atualmente, apenas 14% das pessoas que necessitam de cuidados paliativos são assistidas globalmente.
Estrutura da Política Nacional de Cuidados Paliativos
- Equipes Multidisciplinares: Serão formadas equipes compostas por médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais e outros profissionais da saúde.
- Cobertura Integral: Oferecer cuidados paliativos desde o diagnóstico até a fase terminal, independentemente do tipo de doença.
- Telessaúde: Inclusão de serviços de telessaúde para ampliar o alcance e a eficácia dos cuidados.
- Educação e Capacitação: Investimento na formação contínua dos profissionais de saúde.
- Diversidade de Atendimento: Cuidados paliativos oferecidos em hospitais gerais, Centros de Atenção Oncológica (CACONs), hospitais especializados em câncer e por equipes do programa Melhor em Casa.
Impacto e Futuro
A implementação da política visa garantir que os cuidados paliativos sejam acessíveis, eficazes e humanizados, melhorando significativamente a qualidade de vida dos pacientes. O objetivo é criar uma abordagem mais holística e integrada dos cuidados de saúde no SUS, focando não apenas no tratamento da doença, mas também no bem-estar geral do paciente.