As farmacêuticas Moderna e Merck MSD anunciaram que, ainda nos próximos meses de 2022, testes clínicos para a criação de uma imunoterapia contra o câncer de pele do tipo melanoma serão concluídos. Esta etapa deverá ser seguida pela finalização do estudo, caso sejam apresentados resultados positivos.
A terapia tem tecnologia semelhante à utilizada na vacina contra a covid-19. Ou seja, usa o RNA mensageiro (RNAm), que estimula as células a produzir uma proteína para atuar na proteção contra a doença. O tratamento não é uma vacina, pois não atua na prevenção, e será destinada aos pacientes com melanomas graves.
O conceito do imunizante é evitar a reincidência do câncer e será administrado no paciente após cirurgia de retirada do melanoma. O ciclo envolve nove doses, cujo tratamento é acompanhado com pembrolizumab, medicamento mais conhecido como Keytruda.
Em comunicado oficial, a Merck descreve a ação da imunoterapia “O mRNA-4157/V940 é projetado para estimular uma resposta imune gerando respostas de células T com base na assinatura mutacional do tumor de um paciente”, explica.
157 pacientes, enquadrados no perfil do imunizante, estão participando dos testes, cuja segunda fase é chamada de Keynote-942. Após a cirurgia de retirada do melanoma, foram divididos em dois grupos, sendo que o primeiro está sendo tratado com o mRNA-4157/v940 – 9 doses/três semanas -, e o segundo está utilizando Keytruda – 200 mg/três semanas.
De acordo com o site da ONG Oconguia, o câncer de pele é o mais comum entre todos os cânceres, e o melanoma é o mais letal. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o melanoma “tem origem nos melanócitos (células produtoras de melanina, substância que determina a cor da pele) e é mais frequente em adultos brancos. O melanoma pode aparecer em qualquer parte do corpo, na pele ou mucosas, na forma de manchas, pintas ou sinais. Nos indivíduos de pele negra, ele é mais comum nas áreas claras, como palmas das mãos e plantas dos pés”.
Em artigo, o INCA explica que o melanoma ocorre em 3% dos casos de câncer de pele, mas é o tipo mais grave por conta de sua alta capacidade de metástase, que é a disseminação da doença para outros órgãos.
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