Boas notícias na área de inovação da medicina: os pesquisadores João Guilherme Eiras Poço, médico residente, Marcus Vinicius Saad Rodrigues, físico da Radioterapia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), e Ricardo Yamamoto, aluno do Instituto de Matemática e Estatística (IME/USP), desenvolveram, pelo Instituto de Radiologia do HCFMUSP (InRad), uma tecnologia que fará a monitoração da respiração, no processo de radioterapia, de pacientes com câncer de mama.
A inovação funciona a partir de uma câmera com detector infravermelho. Nesse sentido, poderá se proteger melhor o coração e a artéria coronária, que têm a possibilidade de sofrer agressões durante o tratamento. O dispositivo passou por validação clínica com base em um estudo desenvolvido no InRad, coordenado pela médica assistente do serviço de radioterapia do instituto, Drª Silvia Radwanski Stuart.
Drª Heloísa Carvalho, médica e coordenadora do serviço de radioterapia do Inrad, explicou ao portal Medicina S/A que “existe uma técnica em radioterapia conhecida como parada na inspiração profunda (“Deep Inspiration Breath Hold” – DIBH), que pode poupar o coração de toxicidades, principalmente no tratamento de neoplasias da mama do lado esquerdo. Já existem no mercado tecnologias que controlam a respiração e monitoram a amplitude respiratória de cada paciente, porém são caras, específicas para os equipamentos de radioterapia de cada fabricante e nem todos têm acesso. Pensando então, na ampliação do acesso e em como podemos agregar valor aos atendimentos prestados no InRad, desenvolvemos um sistema simples e versátil, com precisão submilimétrica”.
A expectativa é que, futuramente, essa inovação seja utilizada no tratamento de cânceres de pulmão em seus estágios iniciais, assim como em outros tumores onde a técnica de controlar a movimentação respiratória possa contribuir na proteção dos tecidos normais.
Fonte: Medicina S/A
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